A nossa língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; (Pv18:20) Portanto, a Palavra de Deus é viva e eficaz (Hebreus 4:12) e, o seu poder é inegável. Aquilo que o Senhor abençoar, ninguém poderá amaldiçoar. O que Deus nos levou a meditar por meio dessa mensagem ministrada pelo Pastor Sodré, é que as palavras que saem da nossa boca também são poderosas. Por algum motivo, Deus escolheu as palavras para transformar as nossas vidas. Devemos frear a nossa língua para não pecar!

Israel estava no deserto e tinha sobre si a palavra do Senhor dita a Abraão: “abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.” (Gênesis 12:3).  Balaque, rei de Moabe, estava amedrontado. Ele sabia que Israel era um povo numeroso e não os venceria. Não podia entrar em guerra contra eles porque eram mais poderosos, e procurou então uma solução “espiritual”: contratar os serviços de um profeta famoso chamado Balaão, que morava na distante Caldéia, para amaldiçoar os israelitas, assim permitindo que Balaque depois os pudesse vencer em batalha.

Tendo recebido o pedido dos mensageiros de Balaque, Balão esperou que o SENHOR o instruísse durante a noite sobre o que deveria dizer. E assim aconteceu: o SENHOR o instruiu claramente a não voltar com eles, nem amaldiçoar o povo, porque era povo abençoado (por Ele).

“O Senhor pôs uma mensagem na boca de Balaão e disse: “Volte a Balaque e dê-lhe essa mensagem: Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso pronunciar ameaças quem o Senhor não quis ameaçar”? (Números 23:3-8)

Quando os mensageiros chegaram de volta à sua terra, e contaram o sucedido a Balaque, este logo concluiu que Balaão precisava de um incentivo maior. Mandou então uma comitiva, de gente mais importante, com o mesmo pedido e oferecendo lhe dar tudo o que ele quisesse.

Balaão disse que mesmo que Balaque lhe desse sua casa cheia de prata e de ouro, ele não poderia desobedecer o mandado do SENHOR seu Deus. Ele já havia recebido uma mensagem bem clara do SENHOR na vez anterior, mas ele deve ter tido alguma esperança de que o SENHOR abrandasse sua proibição, por isso pediu que os moabitas esperassem até a manhã seguinte para que ele soubesse o que o SENHOR lhe diria. (Números 22.15-18)

“Veio, pois, o Senhor a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que eu te disser”. (Números 22.20)

Balaque presumiu que a vinda de Balaão significava que ele amaldiçoaria Israel, mas Balaão preveniu a Balaque que só falaria as palavras que o SENHOR pusesse em sua boca, pois Balaão sabia que o SENHOR não permitiria que ele amaldiçoasse Israel. Mas, como Balaque era astuto, ele rodeava o acampamento de Israel procurando por brechas para desferir sua maldição, queria influenciar de todas as maneiras Balaão. Mas, por onde ele andava, Balaão somente proferia bênçãos.

Prezado leitor, foram registradas aqui três tentativas de Balaque (inimigo do povo de Deus) usando Balaão. Na primeira, Balaão disse que não poderia amaldiçoar aqueles a quem o Senhor não havia amaldiçoado.

Pela segunda vez o SENHOR encontrou-se com Balaão e pôs-lhe a palavra na boca. Transmitindo essa palavra, Balaão disse a Balaque que o SENHOR havia abençoado a Israel, portanto ele não podia ser amaldiçoado, pois o SENHOR cumpre as suas promessas; que Deus não havia visto iniqüidade ou desventura naquele povo, e que os israelitas agiam com o poder de Deus, não valendo encantamento ou adivinhação contra ele. Balaque se desgostou mais ainda e disse a Balaão para não amaldiçoar, mas também não abençoar Israel.

Na terceira, Balaão não foi procurar a palavra do SENHOR como das outras vezes, pois já não tinha mais dúvidas de que deveria realmente abençoar a Israel. O Espírito de Deus então veio sobre ele, e ele profetizou de olhos abertos, ou seja, com perfeita visão espiritual.

Em sua profecia, ele prevê as vitórias de Israel sobre os seus inimigos, sua prosperidade, seu domínio, terminando com as palavras benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem. Balaque desta vez se enfureceu, mandando que fosse embora e afirmando que não lhe pagaria nada por causa da sua obediência ao SENHOR.

Deus, em sua soberania, usa quem ele quer e da forma que ele quer. Até o diabo é um de seus anjos a cumprir os seus propósitos. Um povo que anda sob a direção de Deus, tem tudo que precisa, graças à misericórdia de Deus. Por isso, precisamos fazer tudo para agradá-lo vivendo em completa obediência a sua vontade. O adversário está pronto a nos tentar e nos tirar da presença do Senhor e consequentemente nos levar para a morte. Mas, o Senhor estará sempre pronto para nos defender e nos livrar de todas as armadilhas.

Ao contrário, quando o homem caminha segundo a inclinação do seu coração, comete pecado e caminha para a morte. Balaão estava no caminho do seu coração, estava sem visão da eternidade e pôde ver a sentença do Senhor sobre a sua vida. Ainda que o seu desejo fosse amaldiçoar o povo de Deus, ele não o fez porque temeu ao Senhor.

Ao tomarmos conhecimento do projeto do Senhor somos convidados a trabalhar nele, para que não aconteça sermos achados como oponentes à realização da vontade de Deus. Nossa boca deve ser instrumento do Senhor para proferir bênçãos e não maldição.

Amém!

Tita Batista.

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